quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Fim de ano! Fim da sanidade!

Meses se passaram!

Um, dois comentários...

Puxa alguém passou por aqui! Fico mui grata! De verdade!

Gostaria que este blog fôsse mais competente na produção de textos e na captação de seguidores.

Mas não há tempo!

Tempo!

O ano está acabando! O tempo novamente se esgota nos calendários julianos ocidentais cristãos malditos! Mais um algarismo que vai mudar! Mais stress, mais cansaço, mais tensão pelos resultados das empresas anuais: a escola, o balanço do ano, o fechamento das horas trabalhadas, o resultado do ibope, o resultado do vestibular, a demissão, a promoção, os desfechos das historinhas.

Lenta e insana, inicia-se uma contagem mental no inconsciente das pessoas levando-as ao estado de tensão que reina na cabeça de boa parte da população deste planeta nesta época do ano: o final! Seja na comemoração absurda do natal: uma festa de inverno enfiada goela abaixo do terceiro mundo ao sul do equador ou na festividade louca da passagem do ano: cores de roupas de cima, de baixo, lugares e bebidas obrigatórias.

Mesas cheias de comidas que se estragam, bebidas deixadas pela metade, sujeira nas ruas, nas praias, gente dando trabalho nos hospitais e nas delegacias; presentes caros, imprudência no trânsito, no cartão de crédito, no sexo e nos alucinógenos.

Inspiração não falta, afinal são festas por toda a parte. Festas de fim de ano do trabalho, na escola, na facul, no projeto ambiental. Aquele momento esperado o ano todo para dizer o que não devia ser dito, fazer o que não de via ser feito, por excesso de decoro ou por falta de coragem, talvez. Os olhos brilham, os corpos serpenteam, a voz é interrompida pela falta de fôlego. Quanta espectativa! Se der certo e gol! Se não, logo em seguida virão as férias e aí o verão e então até a volta com o novo algarismo, estaremos salvos dos erros do passado tão distante, basta pularmos as 7 ondas da praia e fazermos novas promessas para a redenção do número novo, digo, do ano novo!

Amargo não?

Não sou eu não! É o que vejo a muito tempo. O privilégio do trezoitão!

Chamo a minha idade divertida de trezoitão! 38 anos! Charmoso e engraçado! A parte charmosa é a do revólver calibre 38! Clássico entre os amantes do tiro "das antigas". O giro do tambor, o encaixe dos projéteis, o som da trava do cão, a força para apertar o gatilho, o estampido do disparo! O engraçado é o apelido: um "ão" bonachão para uma idade que já beira à saída da maturidade... Aparentemente não? (pausa para ligeira limpeza da garganta)

Adoro atirar!
Adoro chegar aos 38 anos!
Achei que seria uma analogia interessante.

Acho que na minha idade as ações devem ser pensadas, escolhidas, como na mira do atirador que se utiliza de uma tremenda arma como um 38! Não estou atacando de dona pudica por favor! Escrevi pensar e escolher, jamais deixar de fazer. Apenas avaliar se o estrago do tiro será grande demais e se há disposição para pagar... Deu pra compreender?

Por isso minha visão desta verdadeira onda de insanidade que tomam as mentes e as atitudes das pessoas nos fins de ano ser tão ácida. Conheço muitos desses caminhos, não todos! Mas a base é a mesma. E até concordo. "Esse ano foi tão difícil!" Quantas vezes me peguei falando isso! Todo o ano! E os anos se superam! Em dificuldades e em surpresas. E não porque sou agraciada ou desgraçada, mas porque viver é difícil mesmo. E muito provavelmente o ano que vem também o será! Certamente! Talvez mais ameno em alguns aspectos e carrasco em outros. Alguns golpes de sorte, marés de azar... Quem vai garantir a proporção?

O bom é sacar isso logo e largar de se fazer de vítima! Perceber que há um pulso entre os acontecimentos um ritmo que pode ajudar a perceber o auge e a decadência de inúmeros processos. Amadurecer é praticar a saída de si mesmo, o posicionamento no lugar dos outros e a visualização de todas as situações de fora. Somando tudo a escolha não parece ser tão desesperadora.

Entendo a insanidade. Anos difíceis, com muita cobrança, como o ano para os vestibulandos, para os recém-promovidos, para os recém-separados, para os estreantes em morar sozinhos, em assumir sua verdadeira sexualidade, para os desafiados, tantos casos onde a pressão é absoluta e as raias da loucura culminam com os últimos algarismos trocados no calendário do último mês do ano. Quando a libertação acontece, seja na lista de resultados, na festa de final de ano, no beijo explosivo sob os fogos de artifício, a energia é animal mesmo acredito e endosso! A besta interior merece e deve ser liberta após tanto tempo presa.

Mas são as escolhas que nos fazem diferentes... Certo?

Acredito que esse é um dos critérios que deve nos salvar dos sofrimentos colhidos por um simples ato de exagero.

Se há disposição para a ruptura de todos os limites, basta lembrar que a natureza tende ao equilíbrio e que portanto, a força desencadeada poderá gerar outra força igual e oposta a fim de que este equilíbrio seja alcançado.

Prontos para a viagem!
Boas escolhas!

As minhas? Aw! Isso é pessoal demais para lançar por aqui...
Talvez eu possa dizer que abri mão da insanidade e que hoje busco horizontes mais calmos. Contemplação, compaixão e sonhos... muitos sonhos para alimentar a minha alma.

E claro! Muitas promessas inúteis de ano novo que "desta vez" vou levar a sério mesmoooo!
Emagrescer!
Voltar a dirigir!
Largar mão de me envolver com gente maluca!
Finalizar meu livro!
Encontrar um amor sincero!
Parar de gastar dinheiro a tôa!
Fazer a viagem dos meus sonhos!
Morar perto dos Deuses!
Fazer mais e melhores coisas pela felicidade da minha família!
Viver com competência!

Um abraço a todos e bom fim de ano!
E não se esqueçam de escolher bem as insanidades que vão querer fazer hein?
Quem sabe voltar a escrever em breve também não seria uma ótima promessa de fim de ano... Daquelas que se cumpre ou não?
Hmmmmmmmmmmmm!
kkkkkkk
Beijo!

Um comentário:

Amanda disse...

Gé... Seus textos estão cada dia mais Carrie... Reflexões profundas porém leves de serem lidas! Você é demais! ♥