quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Maturidade existe?

Acredito que posso partir de uma certeza: trata-se de um assunto denso para qualquer segmento, sexual, social, cultural e tantos outros segmentos da sociedade contemporânea.
Talvez seja um exercício inicial interessante começar a abordagem por uma analogia simplificada, quase juvenil, como um conceito orgânico como o amadurecimento das frutas.
Que tal Bananas?

Bananas maduras são mais saborosas ao paladar, exalam um perfume convidativo e enfeitam magnificamente arranjos de decoração tropicais.
Bananas maduras demais podem servir para fazer doces deliciosos ou para atrair aqueles mosquitinhos pequeninos e graciosos, que voam rápido quando tocamos nelas: sinal de perigo, favor consumir logo.
Bananas verdes tem muitas preciosidades culinárias, porém conhecidas apenas de alguns, pois a maioria as generalizam como: "ainda não estão boas para consumo".
Mas... e quanto aos homens e as mulheres?
Seria possível manter a analogia?
Ou será a maturidade algo restrito ao teor orgânico?
Seria um estado de consciência atingido com o tempo? Ou será que tudo não passa uma quimera? Uma fantasia humana quanto a um determinado acúmulo de experiências que poderiam nos libertar do sofrimento pela antecipação das situações adversas e possibilidade de descarte delas?
"Como se isso fôsse possível!" diria talvez uma Banana Passada.
"Consegui uma vez ou outra... Acho..." diria provavelmente uma Banana Madura.
"Espero atingir isso algum dia..." diria quase que certamente uma Banana Verde.

Quando escolhi o nome deste blogg, tinha acabado de fazer uma pesquisa sobre um tipo de maré oceânica chamado Maré Viva ou Maré de Sizígia, uma variação violenta da subida dos oceanos por ocasião da justaposição dos astros Lua, Sol e Terra no período Lunar da Lua Cheia e da Lua Nova. A pesquisa tinha como objetivo a escolha de uma data para um trabalho de campo em uma formação costeira específica do litoral sul do Estado de São Paulo.
No intuito de fazer uma pesquisa completa, saí no encalço do significado da palavra em si. E qual não foi a minha surpresa quando um estalo me levou a pesquisar a origem da palavra Sizígia!
Sendo este o primeiro post deste blogg, exclareço desde já que foi uma das palavras que unificaram de maneira mais incrível tudo o que sou, que abrigo dentro de mim e que acredito! Sizígia! O drama do feminino e do masculino dentro de nós.
Acredito que a maturidade é a habilidade em lidar com este duelo dentro de nós, com as faces do masculino e do feminino que trazemos desde a formação de nossas almas e ante a uma sociedade que nos cobra demais algo que ainda não compreendemos a profundidade e a magnitude de ser... Ser maduro!
Aos mais atentos que leram o título deste blogg e o pequeno texto logo em seguida, é importante afirmar, este blogg tratará de sexo sim!
Porém isso se fará como análise de mais uma das tantas formas de expressão que nós seres humanos temos ao nosso dispor e do mau ou bom uso que temos feito dessas formas de expressão nesses tempos modernos, onde as relações entre nós homens e mulheres, independente de preferências sexuais, religiosas tem sofrido intervenções fortes da Sizígia em nós.
O intuito aqui é a discussão do masculino e do feminino em nós, em nossos princípios criativos, em nosso comportamento e em nossas escolhas, sexuais ou não.

Grata pelos valiosos minutos e no aguardo de seus comentários.
Angélica
Lix Amazona

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