. . . ouvindo "Wind und Geige" da banda Faun
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Naquele segundo carregado de eletricidade que antecede a chuva,
Entre a morte certa pelos raios de Xangô a Thor,
E a exaltação pelo aguadeiro que derrama mais uma vez e impiedosamente seu cântaro transbordante em pleno verão -
Está este cântico -
Que venha o vento, a chuva e o frio
Que risque o céu o relâmpago
Que arremeta o raio sobre a Terra
Que despenque a nuvem negra mais pesada das alturas dos céus
Que corra vorazmente e em ascenção a correnteza do rio
Que arraste tudo, vento, água, fogo e frio
Que todas as certezas sejam lavadas
Mas nunca levadas
Pois quando o corpo se prostrar e a mente exaurir e a alma cair no mais anastomosado dos desesperos
Eis que se erguerá das profundezas da Terra
Assim como das mais elevadas alturas do Céu
As mãos do Pai Sol e da Mãe Lua a te colocar a salvo
Pois que este é o maior de todos os amores
Este é o maior de todos os amores
O maior de todos os amores
De todos os amores
Os amores
TODOS!
Espiralando e espiralando e espiralando para sempre no Cosmo!
E nada mais te fará desfalecer,
Nem cair em desespero,
Nem ter medo
Pois que esta é a energia que rege o demover do Universo!
Energia pura que flui no vento, no relâmpago, no raio, na chuva e na correnteza do rio que lava a Terra mas que deixa a árvore de raiz forte ainda mais poderosa, carregada de matéria viva trazida pela fúria das águas.
Aguente firme as fúrias!
E se reerga, pleno(a), poderoso(a), vitorioso(a) e transbordando . . .
De puro amor!
Bom final de mais um dia de verão a todos!
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